OS MATERIAIS DO CÍRCULO CARMESIM

 

Série do Merlin Eu Sou

 

SHOUD 9 – Apresentando ADAMUS SAINT GERMAIN, canalizado por Geoffrey Hoppe

 

Apresentado ao Círculo Carmesim
em 5 de junho de 2021
www.crimsoncircle.com

 

 

Eu Sou o que Sou, Adamus of Sovereign Domain.

 

Bem-vindos ao Shoud. Bem-vindos ao Shoud 9 da Série do Merlin Eu Sou, ao vivo aqui do Centro de Conexão do Círculo Carmesim, no Colorado. Vamos respirar fundo juntos enquanto iniciamos a sessão de hoje.

 

Vamos ter muitos assuntos hoje, muita coisa pra abordar nesta sessão, então, respirem bem fundo pra ficarem aterrados. Respirem bem fundo, enquanto começamos este encontro.

 

Ah! É bom estar de volta, na Terra, nas esferas físicas, com cada um de vocês, aqui no corpo de Cauldre. Sim. Mas, antes de prosseguirmos, uma primeira coisa. Como um Grão-mestre Ascenso de visita, cadê meu café? Hum? Eu adoraria tomar um café. Ah! Foi meio que uma deixa. Obrigado, Kerri.

 

KERRI: Quer um biscoitinho?

 

ADAMUS: Fico só com o café por enquanto.

 

KERRI: Tudo bem.

 

ADAMUS: Mas deixe aqui. Cauldre ou Linda podem querer. Obrigado.

 

KERRI: É pra você.

 

ADAMUS: Ah! Poderia dizer “olá” pra todo mundo lá fora na terra dos Shaumbra?

 

KERRI: Olá, Shaumbra! Que saudade de vocês! E, se passarem por aqui, darei um beijo na bochecha de vocês.

 

ADAMUS: Mas não na minha?

 

KERRI: Ah, espera, espera!

 

ADAMUS: Sim.

 

KERRI: Você pode me beijar.

 

ADAMUS: Mmmwah! Ah!

 

KERRI: Obrigada.

 

LINDA: É sempre um prazer termos Kerri Gallant e o ótimo atendimento que ela fornece. Verdade, ela faz um excelente trabalho.

 

KERRI: Amo você, Linda! [Adamus ri.] E o Adamus.

 

ADAMUS: E um beijão para a querida Linda.

 

LINDA: Ohh!

 

ADAMUS: Mwahh! [Ele dá um beijo nela.]

 

LINDA: Sorte a minha!

 

ADAMUS: Entendo que algumas dessas medidas sociais que vocês tiveram que tolerar neste ano e meio estão chegando ao fim. Então, é uma delícia poder abraçar e beijar e, para alguns de vocês, fazer outras coisas, agora que podem.

 

Vamos falar de muita coisa hoje. A parte importante é que isso vai acontecer em muitos níveis diferentes. Acostumem-se. Com a vida em níveis diferentes.

 

Às vezes, eu sei que é desconcertante. Às vezes, eu sei que vocês querem ficar só nesse nivelzinho confortável em que gostam de ficar, mas não é como será daqui pra frente com os Shaumbra, com vocês. Nós vamos operar em muitos níveis diferentes.

 

Teremos a palavra falada hoje, é claro. Meio que é necessária, pelo menos por enquanto, mas haverá, mais do que nunca, uma comunicação energética no que faremos hoje.

 

Vocês ouvirão as palavras, mas eu realmente sintonizei o Cauldre para a comunicação da energia. É isso que passaremos a fazer. Será assim no Keahak. Falaremos sobre isso nas reuniões ao vivo, nas Cloud Classes (Cursos na Nuvem) e tudo mais. Acostumem-se às comunicações em muitos níveis, a serem capazes de comunicar, radiar em vários níveis. Não só naquele nível único, mas em múltiplos níveis. E, então, receber em múltiplos níveis e entender, ter aquela compreensão inata em que não é preciso usar palavras nem linguagem, nem ter ninguém falando no seu ouvido, nem lendo. Vocês estão começando a captar.

 

Então, hoje, respirem fundo agora e vão para o multinível, sejam multidimensionais, para a multicomunicação.

 

Vejam, se voltarem para os Shouds, para as coisas que fizemos no passado, as palavras estão lá, é claro. Mas, voltem, também temos as energias inseridas lá. Elas estão vivas. Não são velhas energias mortas que estão transitando por lá. São energias vivas o que temos em cada Shoud que fizemos, em cada um dos chamados produtos – não gosto muito da palavra “produto” –, de cada coisa que fiz com vocês. Essas energias estão vivas e elas crescem. Não são estáticas. Não é que a gente tenha infundido 52 graus de energia em alguma coisa. Não. Elas continuam crescendo e, por isso, são lindas, e fazem parte do pacote todo de comunicação do qual estamos falando.

 

Então, respirem fundo e sinta todos os níveis diferentes. E confiem em si mesmos. Isso é muito importante. Confiem em si mesmos.

 

Serão sete capítulos hoje, sete camadas diferentes. Isso.

 

LINDA: Uau.

 

ADAMUS: Bem, por quê? Queria mais?

 

LINDA: Sim. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Ou menos? [Adamus ri.]

 

LINDA: Não, é muito. Parece muito.

 

ADAMUS: Não, na verdade, é algo muito simples. Vocês podem operar... Vocês sonham pelo menos numa dúzia de níveis diferentes, agora, mesmo quando acham que estão acordados e estão, de fato, sonhando em todos esses níveis. Vocês só não estão conscientes disso, no momento. Não, sete não é nada. Achei melhor simplificar. Comecei... quando eu estava fazendo anotações no Clube dos Mestres Ascensos, me preparando pra vir aqui hoje, eu tinha cerca de 42 níveis diferentes, e achei melhor destilar a coisa em nome da simplicidade.

 

Você se importa se eu der uma mordida aqui, enquanto nós... [Ele pega um biscoito.] Quer um, primeiro?

 

LINDA: Não, obrigada.

 

ADAMUS: Hum. Comida humana. Interessante, é muito real, comparada ao que servem no Clube dos Mestres Ascensos. Lá, é muito boa, mas...

 

LINDA: E aquela coisa toda de “aveia e mel”, que supostamente é a melhor coisa pra você?

 

ADAMUS: Eu gostava disso na minha última existência. Eu achava muito satisfatória como...

 

LINDA: E você não acha que isto é melhor?

 

ADAMUS: Tem sabores interessantes, mas nada como minha aveia, com mel e castanhas. Aveia em flocos, na verdade. Não simplesmente aveia, mas aveia em flocos. No Clube dos Mestres Ascensos, é provavelmente o prato mais popular do menu.

 

LINDA: [sem emitir som] É claro...

 

ADAMUS: [rindo] Como Adamus come, todo mundo também come.

 

LINDA: Aparentemente, você é o único que cuida do menu.

 

ADAMUS: Bem, a cozinha é minha, então, é o que comemos.

 

Sete níveis diferentes, hoje.

 

LINDA: Certo.

 

ADAMUS: Vamos começar com nosso primeiro nível.

 

LINDA: Hum.

 

 

1 – Dúvida

 

ADAMUS: No nosso encontro do mês passado, falamos de dúvida. Dúvida. É algo que meio que está entranhado na natureza humana, a dúvida. Ela vem da mente. A dúvida é a coisa que vocês usam para regular e controlar a si mesmos. É uma forma meio estranha de fazer a coisa, mas duvidar de si próprio acontece porque a mente fica enviando esses sinais de que vocês podem cometer um erro. Ela envia um sinal dizendo: “Não faça a mesma coisa de antes, porque os resultados foram ruins.” Mas, vejam, a mente é muito linear, e ela lida com muitos dados, então, fica enviando esses sinais. Isso vem do modo de sobrevivência, do aspecto de sobrevivência do cérebro – duvidar de si próprio –, e depois é reforçado pelas outras pessoas, que são de fato vocês mesmos, mas isso é reforçado. E vocês ficam com essas vozes da dúvida na mente, sejam dos pais, sejam de vocês mesmos, de um aspecto de vocês do passado que tenha vivenciado algo difícil. Alguns têm essas vozes de psiquiatra ou psicólogo na cabeça, mesmo que nunca tenham ido num. Mas vocês atuam como um psicólogo em seu cérebro. Vocês têm um psicólogo pessoal, sempre duvidando, sempre perguntando: “É isso mesmo que você quer fazer? É assim mesmo que você se sente?” Ele fica só sondando, espetando e fazendo vocês duvidarem de si mesmos.

 

Dúvida. Vocês não podem se dar esse luxo. Poderia escrever, Linda, na nossa graciosa tábua mágica de escrever, o tablet, que é realmente incrível?

 

LINDA: Sim, senhor.

 

ADAMUS: Vocês não podem mais se dar o luxo da dúvida.

 

LINDA: Então, “dúvida” é o número um, ou coloco apenas “dúvida”?

 

ADAMUS: Vocês não têm mais que se dar o luxo da dúvida.

 

LINDA: Oh!

 

ADAMUS: Sim. Não têm. É um jogo. Vamos dizer a verdade aqui. É um jogo que é jogado dentro da mente e que atua na vida diária de vocês. Vocês não têm mais que se dar esse luxo da dúvida. Não têm. É um jogo que absolutamente não leva vocês a lugar nenhum. Muitos estão familiarizados com jogos de tabuleiro. Muitas vezes, vocês rolam os dados e se movem pelo tabuleiro tentando alcançar ou passar à frente dos outros. Se a dúvida fosse um jogo de tabuleiro, vocês jamais chegariam a lugar nenhum. Vocês só ficariam andando em círculos. Jamais avançariam. Jamais fariam qualquer progresso. Na realidade, provavelmente, vocês andariam para trás no jogo da dúvida, na vida. Sempre que lançassem os dados, seria um lançamento ruim. Toda vez... Oh, que bonito, Linda. Uau! [Adamus está se admirando com a escrita da Linda.]

 

LINDA: Não faço isso há muito tempo. Estou meio fora de forma.

 

ADAMUS: Em quê?

 

LINDA: Em escrever.

 

ADAMUS: Ah, escrever. Escrever, tudo bem. Eu só quis confirmar se estávamos falando da mesma coisa.

 

Então, se a dúvida fosse um jogo de tabuleiro e vocês lançassem os dados, todo lançamento seria ruim. Cada carta que pegassem de um monte, quando fosse a hora de pegar uma carta, seria ruim. A dúvida não vai levar vocês a lugar nenhum. Qual é o benefício da dúvida? Por que ter dúvida? Bem, como eu disse, ela faz com que vocês fiquem se regulando. Quando vocês duvidam de si mesmos, vocês criam como se fossem limites. Vocês estão definindo as paredes. Vocês estão construindo uma caixa pra vocês.

 

Vocês não têm mais que se dar esse luxo. Não têm.

 

Vocês não podem ter esse luxo, no lugar aonde estamos indo e aqui onde estão fazendo o que vocês estão fazendo no planeta, de duvidarem de si mesmos. Por um lado, pode parecer estimulante; por outro, meio assustador. Imaginem um instante, se puderem, a vida de vocês sem a dúvida. Escreva isso no quadro, por favor: “A vida sem a dúvida.”

 

Sintam isso um instante.

 

[Pausa]

 

De repente, vocês se tornam conscientes do quanto vocês duvidam de si mesmos ao longo do dia. Uma série constante de mensagens de dúvida fica chegando e freando vocês. Ela não deixa vocês crescerem. Vocês permanecem planos, lineares e restritos. Vocês não podem mais se dar o luxo de ter dúvida na vida. É um jogo ruim. É só o que é.

 

Ninguém inflige dúvida em vocês. Não existe uma espécie de Sistema de Comando Central da humanidade que faz vocês duvidarem de si mesmos. Vocês estão participando do jogo, e agora é a hora de caírem fora.

 

Dúvida. Eu gostaria de escrever isso também. Só palavras soltas. Ou você pode colocar numa frase. A dúvida é um estuprador. [Linda se exalta.] O quê? Não estou duvidando de mim. Eu sei que palavras eu uso. A dúvida é um ladrão.

 

LINDA: Na mesma página?

 

ADAMUS: Onde quiser, minha cara. Esse troço é seu. A dúvida é um ladrão. [Ele dá outra mordida no biscoito.]

 

LINDA: Um ladrão?

 

ADAMUS: Me deixe comer aqui. Foi um caminho longo. Hum. Vir do Clube dos Mestres Ascensos. Um longo caminho. Estou com um pouco de fome.

 

A dúvida é um ladrão. E... A dúvida é um assassino...

 

LINDA: [se exaltando] Uau!

 

ADAMUS: ... da energia, da sua energia. A dúvida é um estuprador! É um ladrão! É um assassino da energia de vocês. É exatamente isso que ela faz. E fico feliz em usar palavras fortes como essas, porque é exatamente isso que ela faz. Vamos parar com rodeios. Ela é um estuprador. Ela violenta a energia de vocês. Acaba com ela, e faz vocês duvidarem de si mesmos. Ela é um ladrão. Ela rouba de vocês, rouba, não só a força vital do seu corpo e da sua mente, como rouba a verdadeira identidade de vocês. Ela é um assassino. Ele mata o verdadeiro Eu Sou que vocês são. Ela assassina o Merlin, o mago que há em vocês. E vocês não podem mais se dar o luxo de jogar esse jogo. Ele acabou.

 

Cada vez que sentirem dúvida, sigam para além dela. Cada vez que sentirem que a dúvida está vindo, sigam além. Darei uma palavra aqui pra isso, daqui a pouco. Qual é o oposto da dúvida? Falaremos sobre isso daqui a pouco. Tragam essa palavra pra dentro de vocês e sigam além da dúvida.

 

Daqui pra frente, não há absolutamente nenhum espaço para a dúvida. E, se vocês se agarrarem a um pedacinho dela... Por sinal, antes de continuar, o dragão está ajudando vocês a encontrarem essa dúvida. É por isso que vocês têm passado por determinadas coisas, ultimamente. É como se a dúvida estivesse sendo drenada da fossa escura que há dentro de vocês, e é exatamente isso que está acontecendo. O dragão está encontrando a dúvida, porque, daqui pra frente, não há espaço pra dúvida.

 

Estamos seguindo além dela, pode-se dizer. Estamos entrando em outras esferas. Estamos entrando na verdadeira vida como Mestres neste planeta. Não dá pra fazer isso tendo dúvida. Então, o dragão está encontrando a dúvida e trazendo ela à tona.

 

Daqui pra frente, não há espaço pra dúvida. Ela vai dilacerar vocês. Realmente, vai estraçalhar vocês. Imaginem um astronauta se lançando no espaço sideral, carregando peso demais na cápsula espacial. Ele meio que sobrecarrega a cápsula. O astronauta, no último minuto, quando ninguém estava olhando, coloca um monte de suprimento extra, cobertores, alimentos, ferramentas, kits de sobrevivência e tudo mais em sua cápsula espacial, porque estava aterrorizado. Ele achava que poderia precisar de tudo isso. Mas, agora, ele está no espaço sideral e a cápsula foi projetada pra levar uma certa quantidade de peso, mas ele está carregando toda essa bagagem extra. O que vai acontecer? Isso vai destruir a cápsula. Ou ela não vai chegar onde tinha que chegar, ou vai perder totalmente o rumo, ou vai simplesmente se desmantelar, se estraçalhar.

 

Assim é a dúvida. É uma bagagem extra. E por que cargas d’água vocês colocariam a dúvida a bordo, eu não sei, se não fosse só por estarem acostumados a ela. É como um velho amigo malvado que está sempre lá, mas que vocês contam com ele. Quando estão numa situação em que têm que tomar uma decisão, têm que decidir fazer uma entre três ou quatro coisas, vocês chamam a dúvida pra ajudar na tomada de decisão. Dá pra imaginar que droga de decisão vocês vão tomar quando se baseiam na dúvida?

 

Digamos que haja uma oportunidade para algo novo, empolgante, diferente, arriscado, e vocês tenham que tomar uma decisão, mas a dúvida chegue e diga: “Bem, não sei se posso realmente fazer isso.” Ou: “Talvez eu esteja só inventando o negócio todo.” Oh! Vejam, de algumas coisas eu simplesmente não gosto nos Shaumbra. Fora isso, vocês podem fazer o que quiserem. Mas não gosto quando vocês dizem a frase “eu não sei”. [Linda se exalta.] Não estou dizendo que eu não sei. Estou dizendo que vocês dizem “eu não sei”.

 

LINDA: Tá. Tudo bem.

 

ADAMUS: E também quando vocês duvidam, quando duvidam de si mesmos. Não tem mais espaço pra isso, daqui pra frente. Isso vai estraçalhar vocês. Estamos partindo. Estamos seguindo além daí. Estamos entrando num nível inteiramente novo de consciência e de comunicação, e, se a dúvida for sua companheira, vocês nunca sairão do chão. E mesmo que deem um jeito de sair do chão, não será algo agradável.

 

Assim, vamos parar um instante aqui. Todos juntos, os Shaumbra de todos os cantos do mundo, respirem fundo. E vamos seguir além da dúvida. Do que vocês duvidam, afinal? Vocês só podem duvidar da condição humana de vocês. Só podem duvidar da condição humana de vocês que fica dizendo que vocês não devem voar, que fica mantendo vocês aqui.

 

Agora, podemos travar uma longa, muito longa discussão sobre a dúvida, mas, basicamente, é porque vocês não querem parecer diferentes, não querem dar a impressão de que estão cometendo erros ou falhando, aos olhos dos outros.

 

Vejam, na verdade, não é tão ruim aos próprios olhos, através da percepção que vocês têm de si mesmos, o fato de cometerem um erro. Vocês conseguem lidar com isso. Vocês dizem pra si mesmos: “Tá, foi um erro, as coisas não funcionaram como eu esperava. Mas não foi um erro de fato, porque eu fiz o que pude.” E observem como a energia meio que dá uma volta, se repete, e realmente não foi um erro. Foi apenas parte de todo um processo de experiência de vida. Não foi um erro, de jeito nenhum. Se vocês permitirem que as energias circulem e continuem se abrindo numa espiral, vocês perceberão que o erro de vocês não era realmente um erro.

 

Então, vocês de fato só se preocupam com as outras pessoas. Vocês só pensam nelas. Será que foi um erro? Será que elas vão olhar pra vocês e dizer: “Cara, isso foi idiotice. Foi uma burrice tamanha.” [Linda finge que está chorando.] “Por que você cometeu um erro desses?” E, mesmo que elas não digam isso na cara de vocês, como geralmente acontece, elas vão pensar isso. [Linda continua fingindo que está chorando.] E vão falar disso com outras pessoas: “Viu o que a Linda...” Me desculpe, mas você representa a plateia toda, hoje.

 

LINDA: Ah, obrigada.

 

ADAMUS: “Você viu o que a Linda fez? Viu que erro estúpido ela cometeu?” [Ela continua fingindo que está chorando.] É isso que... [Adamus ri.] É isso que realmente pega. Ou seja, vocês com vocês mesmos, vocês meio que conseguem lidar com a coisa de errarem, de fazerem idiotices, porque vocês acabam percebendo... quando entramos de fato na questão da natureza do tempo, vocês acabam percebendo que, na verdade, não foi um erro; fez parte do caminho. No momento, quando a coisa aconteceu, talvez vocês não tenham se sentido muito bem, mas, mesmo assim, vendo por outro lado, foi uma parte importante do turbilhão de energias que, afinal de contas, estava lá pra servir vocês.

 

Mas, aí, o humano pensa: “Tá, mas o que todo mundo vai achar?” Aí, a coisa fica difícil. Essa é a parte difícil. Repito, vamos tratar disso daqui a alguns minutos. O que fazer quando se encontrarem nessa situação de dúvida. Mas imaginem uma vida sem a dúvida. Vejam, nós já falamos de uma vida sem o poder. Imaginem agora a vida sem a dúvida.

 

Vamos respirar bem fundo com isso.

 

[Pausa]

 

 

2 – Tempo

 

Número dois. Tempo. O tempo é um assunto fascinante. Nem mesmo os físicos chegaram a um acordo com relação ao tempo. O tempo não é uma constante. Quero dizer, ele é, quando está no pulso de vocês [se referindo ao relógio], como vocês acham. Mas, de um ponto de vista científico, ou da física, ele não é definido. Não é, de fato, real. É basicamente um artifício criado pelos seres humanos. É um artifício maravilhoso. É um artifício divertido, até vocês ficarem presos nele. Daí, ele se torna um transtorno. Ele se torna entediante. Ele se torna a morte em si – a morte em si –, porque a maioria dos humanos está num tempo linear que vai do trauma do nascimento até a agonia da morte. Tudo que fazem é ficar numa linha do tempo esperando a morte chegar. Isso é triste. É muito, muito triste, não acha [Linda]?

 

LINDA: Sim.

 

ADAMUS: Tão triste que afetou a consciência no planeta. Bem, é uma coisa que vamos ultrapassar. Na verdade, vamos chegar a um entendimento sobre o tempo que vai realmente permitir que vocês estejam no tempo e fora dele ao mesmo tempo. O tempo se tornará um brinquedo em vez de um fardo. Será uma ferramenta. Será algo com o qual vocês poderão brincar.

 

Agora, muitos de vocês, recentemente... quero dizer, recentemente – Cauldre sempre pergunta: “Recente quanto?” Pra mim, é um pouco diferente. Os últimos cem anos são recentes. Mas no tempo humano recente... nos últimos poucos meses e, particularmente, nas últimas duas semanas, vocês sentiram a distorção do tempo. É confuso. É meio divertido, de certo modo, mas é confuso e frustrante, se tentarem manter as rotinas ao longo do dia.

 

Vocês têm sentido a distorção do tempo, e isso é uma coisa boa, porque o que está acontecendo é o seguinte... Falamos sobre isso um pouco no mês passado, mas não se trata só de vocês, nesta jornada, neste momento. Ou seja, não se trata só do “você” que vocês veem no espelho todos os dias. Vocês têm muitos companheiros agora. Vocês têm muitos associados, colegas, fazendo parte desta jornada, neste momento. Eles são o passado e o futuro de vocês. Vocês estão carregando, pode-se dizer, o peso deles, e também a alegria deles. Vocês estão carregando a responsabilidade deles, tudo com vocês, neste momento.

 

Isso é mais ou menos o que está acontecendo. Linda, vou pedir que você desenhe um gráfico. Use uma página inteira do seu “papel” pra isso.

 

LINDA: Tudo bem.

 

ADAMUS: E desenhe uma espécie de funil.

 

LINDA: Tá.

 

ADAMUS: Um funil virado pra baixo, e faça um desenho bonito, artístico.

 

LINDA: Bem, não sou tão boa assim com o iPad.

 

ADAMUS: E, na saída do funil...

 

LINDA: Sim.

 

ADAMUS: Na verdade, chame esse funil de “Momento do Agora”.

 

LINDA: Certo.

 

ADAMUS: Apenas “Agora” está ótimo. Na base do funil, o humano.

 

LINDA: Certo.

 

ADAMUS: Pode desenhar um bonequinho palito.

 

LINDA: É o que vai ter que ser.

 

ADAMUS: Ou um bonequinho de massinha, ou como quiser fazer. Mas esse aí é o humano no Agora. E agora desenhe uma seta pra baixo, apontando pra dentro do funil, inclinada à esquerda e outra, à direita.

 

LINDA: Certo.

 

ADAMUS: Ótimo. E, então, na da esquerda, escreva a palavra “passado” e, na da direita, escreva “futuro”. É isso exatamente que está acontecendo no momento com a expansão do tempo de vocês.

 

O que está acontecendo... não com o planeta; é com os Shaumbra... o que está acontecendo, neste momento, é que o passado, o seu passado, as existências, e mesmo esta existência, o passado está se abrindo. Ele não está mais numa linha reta, não é mais linear, mas está se abrindo e vindo para o Agora de vocês. Seus potenciais futuros... É meio difícil fazer isso... [Ele ri enquanto tenta apontar para o lado correto da imagem que está aparecendo no vídeo.]

 

LINDA: Sim!

 

ADAMUS: Seus potenciais futuros não estão mais no futuro. Seus potenciais futuros estão se abrindo enquanto vocês se tornam seres conscientes intemporais. O futuro está se abrindo, e também está descendo pelo funil. É por isso que vocês estão sentindo a distorção do tempo, ultimamente. Às vezes, é uma distorção de aterragem. Vocês estão acostumados a ficar aterrados, de certo modo, e agora estão sentindo uma distorção meio esquisita de tudo isso, porque vocês estão se abrindo. Vocês estão se abrindo para o passado e o futuro. Eles estão chegando no Agora. E não é só isso... mas vamos voltar para o gráfico. No topo, bem aqui [apontando para o centro do desenho, no tablet da Linda], está a “alma”.

 

LINDA: Oh.

 

ADAMUS: E com uma seta descendo em linha reta para o Agora. Aí está a alma. E tudo desce pelo funil, flui por ele, quando vocês Permitem. Essa é a física do Permitir. É isso que acontece.

 

 

O passado de vocês se liberta da própria trava do tempo. O futuro, que é constituído de todos os potenciais de vocês, também se liberta da própria trava do tempo. E, então, a alma, o Mestre, todos os potenciais e toda a energia de vocês também se tornam capazes de fluir pra vocês, quando vocês Permitem. Esse é meio que o diagrama básico do Permitir. É isso que acontece, e tudo aterrissa em vocês, o humano embaixo do funil. Tudo aterrissa em vocês. Por quê? Porque vocês pediram por isso, porque vocês querem isso, porque vocês disseram: “Esta é A existência. Vamos colocar tudo num pacote só. Vamos permanecer aqui como um Mestre encarnado. Vamos ficar conscientes da alma.” E, ao fazerem isso, meio que destranca o que chamariam de história do passado, sobre a qual falarei daqui a pouco. Mas destranca a história em si.

 

Nada do que aconteceu está preso na pedra ou no concreto. Para a maioria das pessoas, está. A percepção delas é a de que está, e elas agem de acordo com isso. É como a coisa do Rei Arthur puxando a espada da pedra. Muitos tentaram antes do Rei Arthur, mas falharam, e ele chegou e simplesmente tirou a espada da pedra, no sentido de que ele destrancou o tempo pra si. Assim é com o passado de vocês – com todas as coisas que vocês acham que fizeram de errado, todos os enganos que acham que cometeram, toda a dúvida que tiveram –, de repente, isso tudo está se desprendendo do tempo em si. É algo imenso. Quero dizer, é algo über imenso, ultraimenso, quantum imenso. E, ao mesmo tempo, simultaneamente, vocês estão destrancando o futuro, que vocês sempre deixaram no futuro, em algum lugar, fosse o que fosse, e que agora está ficando disponível pra vocês.

 

Por sinal, tudo está acontecendo, pode-se dizer, naturalmente. Vocês não têm que estudar pra isso. Eu estou contando pra vocês depois que o fato... ou enquanto o fato está ocorrendo. Não é algo que vocês devam aspirar fazer. Não sou eu explicando o que vai acontecer em seguida. Isso é onde vocês estão neste momento. É o que está acontecendo na vida de vocês. Eu só estou tentando definir a coisa pra vocês usando as minhas palavras, mas, o mais importante, usando a comunicação da energia transmitida pra vocês.

 

Então, o fato é que o tempo está mudando de fluxo; não é mais apenas linear. Ele ainda será linear se e quando vocês quiserem que ele seja, mas agora ele está se soltando do passado e do futuro. E, então, fluindo, juntamente com a percepção de sua alma, com tudo, pra dentro de vocês, os receptores, que estão embaixo desse funil do momento do Agora. É algo enorme. É algo gigantesco. Parem e simplesmente Permitam e sintam isso.

 

[Pausa]

 

Parem e sintam como isso tudo está fluindo, está descendo pelo funil até vocês, neste momento. O seu passado destrancado, o seu futuro destrancado e a sua alma.

 

Eu falo sobre a alma, eu defino a alma no workshop A Vida do Mestre 14, agora disponível na sua loja favorita, o Círculo Carmesim. Uma divulgaçãozinha paralela, aqui, querida Linda.

 

LINDA: Eh, é uma informação muito boa.

 

ADAMUS: É ótima. É uma informação impressionante – e sabem por quê? Porque é uma informação que vem de vocês. Claro, sou eu que estou transmitindo, verbalizando a coisa, mas é uma informação de vocês. É o que vocês estão passando. Não estaríamos fazendo nada disso se vocês não estivessem passando por isso. E, então, trabalhando juntos no que chamamos de Shoud, que é meio que essa voz de grupo, uma comunicação de grupo é transmitida para todos, e transforma isso em coisas como A Vida do Mestre. Mas é por causa de onde vocês se encontram, de onde estão.

 

 

3 – A História Está no Coração de Vocês

 

O próximo capítulo é o número três. A verdadeira história, sua história real, está no coração de vocês. Não está na sua mente. Não são dados. A verdadeira história não é composta de dados.

 

Agora, vejam a história, digamos os livros de história, a história do planeta, a história do país de vocês...

 

LINDA: O número três é “História”?

 

ADAMUS: Sim. Em vez de chamá-lo de “História”, fica “A História Está no Coração de Vocês”. Isso. A história está no coração.

 

Vejam um livro de história. Ele tem muitos fatos e muitos dados específicos. Ele inclui nomes e datas. Tem muitos fatos e números. E é isso que as pessoas acreditam que seja história. Até certo ponto, é, mas esse é apenas um aspecto, uma camada entre dezenas, centenas, talvez milhares de camadas do que é a verdadeira história como um todo.

 

É um conceito difícil de ser assimilado de primeira, e é quando eu peço pra vocês sentirem. Alguns de vocês estão realmente começando a entender. O passado não é o que vocês acham que foi nem o que vocês duvidaram nele. Quando digo duvidaram, estou me referindo às dúvidas que vocês tiveram no passado. Não foi nada disso.

 

O que vocês têm, geralmente, é uma série de dados específicos que vocês acham que, na verdade, compõem o passado, e vocês pensam que, de alguma forma, isso está guardado na mente de vocês. Vocês têm toda uma história, com filmezinhos, imagens, recordações, emoções. Nada disso está guardado na mente. Não tem nada assim lá. Onde estariam? Nos fluidos da mente? Nos aminoácidos? Em outros lugares do cérebro? Não, não estão lá. Não tem nada armazenado lá.

 

Todas as lembranças meio que ficam numa nuvem. E, sim, é uma analogia bastante evidente com seus sistemas de computação, que lidam com dados que, agora, vocês colocam na nuvem. Vocês sabem que, em geral, eles não ficam direto no computador. Porque é tudo uma imitação, meio que copiado do processo humano.

 

Então, vocês têm todos esses dados específicos e lembranças, tudo guardado, tudo armazenado numa nuvem, mas a nuvem não está em lugar nenhum. Ou seja, vocês não podem ir lá tentar encontrar a coisa nos céus, assim como não há um Registro Akáshico do planeta nem do universo. A coisa é. Existe.

 

Agora, tendo dito isso, digamos que toda a sua história, tudo que vocês fizeram e vivenciaram, tudo que vocês conhecem, todo pensamento que tiveram não esteja guardado num lugar, mas exista. Onde? Simplesmente existe. Quero dizer, é como o fino ar, não tem onde ser encontrado. É meio estranho. No entanto, tudo isso tem qualidades eletromagnéticas que podem ser detectadas. E, quando são detectadas... estou fazendo um pouquinho de pesquisa aqui, mas não muita... vocês verão daqui a uns três ou quatro anos, que serão capazes de detectar o que chamo, mais ou menos de, ah, enseadas de pensamentos ou de memórias em torno de uma pessoa. Agora, eles não estão realmente lá, mas é por onde e como vocês os trazem. É meio que a parte daquele funil que está mais perto [da pessoa], e tem qualidades eletromagnéticas ali. Então, vão chegar à conclusão de que vocês têm meio que uma aura, um campo ao redor de vocês, por falta de palavras melhores, e que é onde todos os seus pensamentos e lembranças estão armazenados. Não é verdade, mas é o onde se tornarão detectáveis. Voltando ao ponto...

 

A verdadeira história de quem vocês são está no coração de vocês, e não falo deste coração [físico; apontando para o peito] aqui. Vocês sabem o que quero dizer com coração. Está nos sentimentos de vocês. Está no seu saber. Está no seu gnost. E onde fica isso? Bem, não fica na cabeça de vocês e não fica no coração físico. Simplesmente, existe. Faz parte de tudo que vocês são, e não precisa existem num lugar ou num tempo, nem tampouco na matéria. Não precisa.

 

A mente humana gosta de achar que existe um lugar, que tem que ter um espaço definido e estar num tempo definido, mas não tem. Não precisa ter, e isso é que é bonito. Isso é liberdade. Não precisa ter uma definição.

 

A verdadeira história de vocês está no coração. E, repito, uso a palavra “coração” significando saber, paixão, verdadeiro Eu, como queiram chamar, alam. É onde está. Não está na memória das coisas que aconteceram. Que é muito distorcida. E mal posso esperar pra ver os Shaumbra avançando mais e mais, vocês, e percebendo que esse é um daqueles momentos que chamam de “minha nossa”, em que se tocam: “Eu só via uma versão distorcida do meu passado. Então, criei dúvidas que limitaram ainda mais a minha vida, que me colocaram ainda mais nesse estado físico de aprisionamento. Mas agora estou me soltando. Agora, estou me libertando.”

 

A verdadeira história de vocês está no coração de vocês. Está no seu saber.

 

Quando vocês seguem além dúvida e dizem “Eu Sei que Sei”, quando vocês param de duvidar do que estão captando, quando param de duvidar do que estão recebendo, e começam a confiar na comunicação que ocorre dentro de vocês, no que seu passado e seu futuro está transmitindo pra vocês... Vejam, vocês ainda não confiam nessa comunicação. Vocês ainda esperam por palavras, e, mesmo quando as palavras chegam, vocês duvidam delas. E, então, o que acaba ocorrendo é que vocês simplesmente ficam vagando na ignorância de que tudo isso está acontecendo, de que todas essas mensagens já estão aí.

 

Vocês já romperam a barreira do tempo. Vocês já romperam a história, o banco de dados de vocês. Mas a dúvida impede que vocês sejam capazes de perceber isso. A dúvida faz com que vocês finjam que a coisa não está aí, que está... vocês sequer ouvem o ruído. De vez em quando – sim, de vez em quando, particularmente quando estão muito desesperados –, vocês conseguem sentir e perceber. Mas, aí, quando voltam pra rotina de vocês, pro cotidiano, vocês ignoram. Está tudo aí.

 

A sua história, a verdadeira história de quem vocês são, do ser incrível que vocês são, sem esse monstro, esse assassino que é a dúvida, assombrando vocês, projetando uma escuridão, a verdadeira história está no coração de vocês, não nos dados. Isso se refere a indivíduos, mas também pode se referir à humanidade. Pode se referir a um país, a qualquer coisa, tenha a história que tiver. Realmente, não está nos dados. Para vocês, individualmente, está no coração, e vocês já sabem disso. Mas vocês duvidam demais, vocês fecham a porta, e nós vamos abrir essa porta. Vamos abrir a porta, vamos seguir além do tempo em si. Será muito importante... é importante agora para o que estamos fazendo ser, e será importante daqui pra frente.

 

Mas o que será necessário aqui é a confiança em si próprio num nível real. Não basta dizer as palavras, tem que ser num nível real. Mas vamos voltar um instante...

 

 

4 – Saindo da Caixa

 

E o próximo capítulo: Saindo da Caixa.

 

LINDA: Número quatro, Saindo da Caixa?

 

ADAMUS: O número quatro é Saindo da Caixa.

 

O que eu quero dizer com isso? Bem, as pessoas vivem em caixas. Literalmente, elas vivem em caixas, mas, metaforicamente, elas também vivem em caixas. As caixas meio que são confortáveis. As paredes são definidas. O teto, a altura é definida. Todos os parâmetros da caixa são definidos e isso traz um imenso conforto, mesmo que as pessoas reclamem dela o tempo todo. Elas reclamam da vida, mas eu faço a seguinte pergunta: se não gostam, por que não mudam? Se não gostam, por que não fazem algo diferente? Também digo aos Shaumbra... e tenho sido criticado por isso, mas, também, igualmente, amado por isso... se não gostam de algo na vida de vocês, esse algo está aí porque vocês ainda estão recebendo alguma coisa com isso. Vocês ainda estão tendo algum prazer, uma experiência, um novo entendimento, alguma coisa com isso, nem que seja só um sofrimento que vocês achem que mereçam.

 

Então, as pessoas vivem em caixas. Vivem na percepção limitada da história de si mesmas e do planeta. Reclamam das paredes. Reclamam da vida delas, mas, ainda assim, continuam fazendo a mesma coisa todos os dias. Não faz qualquer sentido, porque elas jogam a culpa em qualquer outra coisa. Elas culpam os pais, a cultura ou a sociedade. Elas culpam por não serem compreendidas. Elas culpam por serem uma minoria. Elas culpam por serem uma maioria. Elas culpam por serem homens. Elas culpam por serem mulheres. Tanto faz a culpa que estiver no cardápio do dia. E isso as mantém dentro da caixa.

 

Quantas realmente param um instante e dizem: “Como sigo além das limitações que não aguento mais? Como faço pra me aventurar além disso aí?” E, então, elas ficam só pensando na coisa.

 

Talvez sonhem acordadas com isso, mas, quando saem do sonho, continuam culpando alguém ou alguma coisa. Ou, se não jogam a culpa, dão pelo menos uma desculpa: “Não posso fazer isso até meus filhos se formarem. Não posso seguir adiante, porque eles precisam de mim. Não posso seguir adiante até eu me divorciar, porque meu cônjuge não entenderia. Meu cônjuge falaria aos advogados e ao tribunal que meu comportamento é estranho.” Tem todas essas desculpas. “Não posso fazer isso no momento, porque estou procurando outro trabalho.” Ou seja, já ouvi de tudo. Quero escrever O Livro das Desculpas – Um Bilhão de Desculpas Humanas para não Ser Quem Você Realmente É. Já ouvi todas elas, todas essas desculpas, e nenhuma é, de fato, válida, nenhuma, exceto: “Eu escolhi vir pra cá nesta vida.” Essa é a única desculpa. “Fui estúpido o suficiente pra vir pra cá.” Ou sábio o suficiente, dependendo de como vocês veem isso. Fora isso, as pessoas vivem dentro de caixas, e agora vamos falar dos Shaumbra.

 

Os Shaumbra ainda têm as caixas. Eles expandiram as caixas um pouquinho. Tornaram as caixas um pouco maiores. Tem um pouquinho mais de consciência nas caixinhas maiores deles. Mas ainda é uma caixa. Não estou falando de todos vocês, mas de uma grande parte de vocês.

 

Vocês falam de romper a caixa, de sair dela. Vocês se acham rebeldes, quando, na verdade, vocês não são. Vocês realmente não são. Vocês meio que se vestem como rebeldes, falam feito rebeldes, mas um rebelde numa caixa ainda está dentro de uma caixa. É. Então, não se orgulhem tanto de todas as atividades rebeldes de vocês, até saírem da caixa. Só então poderemos falar sobre isso. Aí, vocês poderão, não só se vestir como rebeldes, como também usar uma medalha, um distintivo de pirata, que eu darei quando saírem da caixa.

 

Não quero ser condescendente, mas quero chutar o traseiro de vocês. [Linda se exalta.] Não foi nada de mais. Não, não. É por isso que, de fato, se eu chutasse...

 

LINDA: Está falando de chutar fisicamente o traseiro?

 

ADAMUS: Sim, sim. Se tivéssemos um dia de chutar traseiros aqui no Centro de Conexão do Círculo Carmesim, por cem dólares, sim, vocês receberiam um chute no traseiro, dado por mim. Por 150, o chute seria mais forte e por 250 eu daria um chute e um tapa na cara. Por mais estranho que pareça, teríamos uma fila na porta, que se estenderia até dobrar o quarteirão, possivelmente chegando até mais adiante, lá na autoestrada. Mas é pra isso que estamos aqui, pra dar chutes em traseiros. Sim, é pra isso que serve o Círculo Carmesim, pra dar chutes em traseiros, certo? Bem, você não quer levar um chute no traseiro de vez em quando?

 

LINDA: Não.

 

ADAMUS: Não agora, na frente de todo mundo?

 

LINDA: Não.

 

ADAMUS: Você representa a plateia.

 

LINDA: Hoje, não.

 

ADAMUS: Hoje, não. Tá, tudo bem. [Adamus ri.] Não, eu acho que é realmente uma excelente ideia. Talvez, neste verão ainda, a gente possa reservar um dia pra chutar traseiros. Quando as pessoas puderem estar aqui.

 

LINDA: Elas terão que assinar um termo para o caso de sofrerem lesões...

 

ADAMUS: Lá vem você. A culpa é dos outros e a gente é que tem que arranjar termos, advogados e tudo mais, e...

 

LINDA: Isso, e avisos legais.

 

ADAMUS: Se você quiser.

 

LINDA: Tá.

 

ADAMUS: Mas, na verdade, todos já assinaram um acordo: “Eu quero levar um chute de Adamus no traseiro, e estou disposto a pagar por isso.” É só assinarem. É um termo, um acordo completo. É um bom contrato.

 

LINDA: Interessante.

 

ADAMUS: É. “Eu escolhi receber um chute de Adamus no meu traseiro.” E depois vocês dão um premiozinho, tipo um distintivo de honra. “Recebi um chute de Adamus no traseiro.” Por mais cem dólares, vocês levam uma foto do momento em que levaram o pé na bunda. Acho que é uma ótima ideia.

 

LINDA: O que você está bebendo?

 

ADAMUS: Não... Kerri que fez. Está com um gosto bem diferente, meio terroso, e com um aroma picante. Não sei o que é.

 

LINDA: “Maria Joana” ou algo assim? [Adamus ri; “Mary Jane”, em inglês, é o equivalente a “Maria Joana”, um eufemismo para marijuana, maconha.]

 

ADAMUS: Enfim, voltando ao ponto... Saindo a caixa.

 

Daqui pra frente, temos que sair da caixa. Não podemos só pensar em sair da caixa ou torná-la um pouquinho maior. A dificuldade de sair da caixa é que a dúvida vai parar vocês. Vai dizer: “Você está enlouquecendo.” Vai perguntar: “O que as outras pessoas vão dizer?” Vai falar: “Vocês vão se perder numa espécie de inferno metafísico.” Todos esses pensamentos vão surgir: “E se você sair e não puder voltar nunca mais? E se você sair e não tiver nada lá? E se você sair e acabar se afastando ainda mais da vida do que antes?” Então, vocês vão vir com toda essa quantidade infindável de dúvida sobre sair ou não da caixa.

 

Mas, meus caros amigos, devo dizer, com certa impaciência, que temos que sair da caixa agora. Temos que sair. Significa que terão que confiar totalmente em si mesmos. Não em mim. Não em ninguém, mas absolutamente em vocês mesmos. E vocês estão se aproximando desse momento há muito tempo, e também o estão evitando há muito tempo.

 

Ah, e vocês perguntam: “E vamos sair realmente do quê?” Bem, do tempo. Parece muito bom, mas, quando vocês estão prestes a fazer a coisa, naquele ponto em que basta um passo pra cair no abismo do tempo, dá um pouco de medo. Igual a pular de paraquedas. Vocês sobem no avião, colocam o paraquedas... e parecia uma ideia ótima enquanto bebiam com os amigos, certa noite, num bar... mas, de repente, vocês estão no avião, ele decola e vocês se veem num daqueles momentos “que merda”. E, agora, vocês estão lá em cima, é hora de pular, vocês olham em volta e está todo mundo olhando pra você, assim: “Ei, se acovardou ou o quê?” E dá aquele pavor, mas vocês sabem que têm que fazer. Quero dizer, não têm, mas vocês sabem que é melhor fazer. E isso é cruzar a linha. É mais ou menos a mesma coisa quando se trata de sair do tempo.

 

Vocês também saem da caixa da mente. Agora, verdade seja dita, a mente realmente não se importa nem com uma coisa nem com outra, de certo modo. Ela vai segurar vocês na caixa por quanto tempo vocês quiserem ficar lá, e vai ficar jogando com vocês. O jogo da dúvida. O jogo da limitação. É uma máquina que atende vocês. Quando ela sabe que vocês são verdadeiros – e que não estão só se lamentando e reclamando, nem só imaginando e sonhando acordados, mas que estão realmente prontos pra sair da caixa –, ela vai cooperar com vocês.

 

Ela tem sido a ferramenta que mantém vocês na caixa, porque vocês queriam ficar lá. Ela tem sido uma ferramenta. Ela quase se tornou um adversário de vocês, de certa forma, porque manteve vocês na caixa. Ela tem uma força gravitacional, e usa elementos como dúvida, medo, sobrevivência e tudo mais. Mas, quando a mente sabe que vocês estão realmente, realmente prontos pra sair dessa caixa, entrar no saber, ir para outras esferas, seguir além, ou como quiserem dizer, serem multidimensionais, entrarem no seu verdadeiro Eu, a mente vai colaborar com vocês. Mas em nenhum momento antes disso. Não esperem que ela se torne solícita. Só quando vocês estiverem prestes a pular do avião, a dar o passo final, é que ela se transformará, e permitirá que vocês sigam em frente. Até lá, até esse preciso momento em que vocês dão o último passo, a mente tentará proteger vocês e manter vocês na caixa.

 

Ir além da caixa... provavelmente, a parte mais assustadora é: será que vocês vão enlouquecer? Definam enlouquecer. Pra mim, enlouquecer é permanecer na caixa, sabendo que é uma caixa, sabendo que podem cair fora quando quiserem, mas também que estão muito confortáveis lá, nesse grande jogo do qual a dúvida faz parte, e que vocês não largam.

 

Então, o que estou dizendo é que é hora de seguirmos além, de verdade, além do tempo, além das limitações da mente, além das limitações da realidade física, porque nada disso é, de fato... não é real; é parte do jogo.

 

É hora de sair da caixa e não esperar que alguém faça isso primeiro. Essa é outra grande desculpa de muitos de vocês: “Vou esperar até que outros Shaumbra façam e ver se eles continuam existindo depois disso.” É agora, Shaumbra. É agora. Vocês não têm que se esforçar pra isso. Vocês simplesmente permitem que aconteça. Vocês não têm que fazer nada específico, nem exercícios, nem mantras nem nada disso. Vocês simplesmente permitem que aconteça. E vai parecer estranho. Vai ser muito, muito estranho no início. Mas, depois que superarem essa sensação inicial de estranheza, vocês ficarão envoltos, dominados por uma sensação de como é algo muito natural.

 

Vocês meio que passarão por esse corredor inicial em que tudo é estranho, desajustado, distorcido, caótico. É como andar numa espécie de caos interdimensional. E o que vocês fazem durante esse caos? Vocês respiram fundo. Vocês não vão combatê-lo. Vão permiti-lo. E, depois desse corredor de caos, então, de repente, vocês são invadidos por essa sensação de condição natural.

 

Alguns de vocês estão perguntando agora mesmo: “É semelhante ao processo da morte?” O processo da morte é similar, mas, neste caso aqui, a pessoa não morre. No processo da morte, a pessoa morre. O processo da morte acontece desse mesmo jeito: Depois de se soltar da realidade física e voltar para seu estado natural, tem meio que esse corredor de confusão e, então, isso é intensificado pela coisa que chamamos de esferas Próximas da Terra. Depois, vocês vão além daí, no processo de morte, e meio que começam a se lembrar um pouco de seu estado natural.

 

Quando estiverem no modo “sair” – sair da realidade linear, da realidade mental, local –, vocês se sentirão esquisitos, mas, subitamente, serão invadidos por um  sentimento de que esse um estado natural, de que vocês estão voltando para o estado natural. Aí, vocês olham pra trás, de onde vieram, e dizem: “Lá é que era estranho, é que era muito esquisito.” Vocês serão capazes de voltar para o estado de esquisitos sempre que quiserem. E eu gostaria de passar a chamar assim, daqui pra frente: estado esquisito da condição humana, mental e linear. Vocês podem voltar para a esquisitice sempre que quiserem, ou podem ficar em seu estado natural, ou em ambos ao mesmo tempo.

 

Este momento é excepcionalmente incrível. Não sei que se alguns de vocês não estão percebendo, mas é incrível o que está acontecendo neste momento no planeta. Não quero revelar muito aqui, porque vou falar sobre isso na nossa próxima atualização do ProGnost (ProGnost Update). Falaremos da capacidade de viver na esquisitice, na condição humana, e da capacidade de estar de volta ao seu estado natural, de quem vocês realmente são. E de serem capazes de ser ambos, de uma vez, simultaneamente. Não é ser um ou outro. Vocês podem ser ambos de uma vez ou ser um ou outro.

 

Agora, o que está acontecendo na física, no planeta, e, particularmente, na computação quântica? Como resultado do que vocês estão fazendo, literalmente – e não estou generalizando aqui; é realmente por causa do que vocês estão fazendo, do que estamos fazendo aqui, no E –, agora, a física está se tornando o E. Estão descobrindo, na computação quântica, que é possível... não estou muito familiarizado com computação, então, estou buscando a energia e tentando comunicar a coisa com palavras. Mas estão descobrindo que não é mais só zero e um. Na computação quântica, é possível ter ambos. É possível estar no E. Atualmente, a coisa está no que eles chamam de condição muito frágil, mas estão aprendendo a trabalhar com isso: ser zero/um/e, ao mesmo tempo. Vocês podem ser zero/um ou podem ser E. Tudo que [a ciência] está fazendo é acompanhar a consciência, e realmente desenvolver toda uma coisa nova chamada computação quântica, que será centenas, se não milhares, talvez até dezenas de milhares ou milhões de vezes mais eficiente do que a computação atual, e bem mais segura. Só têm que descobrir algumas maneiras diferentes, agora, de lidar com a transmissão da comunicação.

 

Meus queridos amigos, olhem um instante o paralelo do que estamos fazendo e o que está acontecendo. A coisa costumava acontecer 10, 20, 30 anos depois. Agora, o que estamos fazendo acontece um ano depois, talvez dois anos depois, mas o período de tempo está muito condensado, no momento. Vocês estão entrando no E. Estamos saindo, mas ainda podemos ficar no estado esquisito da condição humana.

 

Vamos respirar fundo com isso.

 

Não é algo que estamos almejando que aconteça, nem estamos dizendo: “Chegaremos aí daqui a um ano.” Vocês estão passando por isso neste momento. Eu só estou relatando o que vocês estão vivenciando.

 

 

5 – O Oposto da Dúvida

 

O próximo item da nossa lista... acredito que seja o cinco.

 

LINDA: Sim, senhor.

 

ADAMUS: Afinal de contas, qual é o oposto da dúvida? Vocês conhecem bem a dúvida. É uma amiga chegada. É uma amiga que continua pedindo dinheiro emprestado, tempo, energia e tudo mais, mas que nunca devolve. O oposto disso... é uma palavra... vou soletrar, Linda.

 

LINDA: Tudo bem.

 

ADAMUS: É t-r-é-s-o-r-t, trésort. E tem acento no “e”. Trésort.

 

Falamos de um termo semelhante no Keahak, trésor, sem o “t”. Trésor é a palavra francesa para tesouro, e trésort é uma variante de trésor, mas trésort, com “t” no final, significa simplesmente “sem dúvida”. Sem dúvida. Significa encontrar o verdadeiro tesouro que é confiar em si próprio de uma vez por todas, incondicionalmente. Tendo confiança incondicional em si próprio e retornando para o seu estado natural, vocês encontrarão tesouros que estão além do que a mente humana poderia sequer conceber neste momento. E, quando digo tesouros, não estou falando de ouro, prata, rubi nem diamante, mesmo que sejam ótimos. Estou falando de tesouros do seu Eu, de voltar à sua condição natural de ser, estando ainda no corpo, no nível físico. Trésort.

 

Quando sentirem dúvida, depois que saírem da caixa... e, repito, não vamos construir caixas maiores – chega de caixa –, vamos derrubá-las, sair delas... e vocês se aproximarem daquele ponto crítico, tipo pular do avião, daquele ponto crítico de chegar à beira do abismo, daquele ponto crítico em que cresce a ansiedade dentro de vocês e vocês precisam respirar fundo, sentindo que a dúvida está tentando puxar vocês de volta, dizendo “Não faça isso, não saia da caixa, a caixa é muito boa. Talvez a gente possa limpá-la, talvez a gente compre umas coisinhas pra deixá-la mais bonita. A gente pode pintá-la, mas não vá. Não vá, porque muitas coisas terríveis podem acontecer com você”, esse é o momento em que vocês respiram fundo e sentem a comunicação, a energia do que já está dentro de vocês – trésort. É o tesouro de confiar em si próprio. Sem ficar jogando os jogos da mente, imaginando: “O que os outros vão dizer?” Sem se perguntar se vocês vão sair da existência nem nada disso.

 

Trésort é seu cetro. Trésort é o tesouro que está dentro de vocês, e ele aparece com a confiança.

 

Vocês se deparam com essas dúvidas a respeito do que vão fazer depois, nesta jornada – além do tempo, além do linear, dos dados mentais, além da forma com que a história de vocês, no momento, está definida. Quando vocês vão além, e voltam para seu estado natural, isso é trésort. Sintam isso um instante.

 

Trésor é a palavra francesa para tesouro. Trésort é o tesouro de confiar em si próprio.

 

Vocês vão precisar disso. Vão querer isso. Virão aqueles momentos, aqui, na vida, em que vocês sabem que são momentos decisivos. Vocês sabem que estão chegando ao ponto de seguir além da caixa. A caixa ainda estará lá, se vocês escolherem brincar nela, mas agora trata-se de seguir além da caixa. E vocês vão se deparar com essas coisas, com essas experiências na vida, ou de serem consumidos, assassinados e estuprados pela dúvida em si ou de simplesmente confiarem, sentirem o trésort, alcançarem o tesouro que vocês são, confiando em si mesmos. E, então, sintam por um instante o trésort, toda a confiança que vocês têm. Não é sequer uma coisa mental nesta altura. Ela não está num lugar específico. É inerente, é uma confiança inata. É o que vou chamar de integridade dentro de si, porque vocês sabem que é a coisa certa. Vocês chegam a este ponto do trésort e todos os tesouros estão lá. E ele derruba a caixa, ela se abre completamente e vocês se veem do lado de fora.

 

A sensação é meio estranha no início, mas, enfim, vocês estarão do lado de fora. Vocês não serão mais definidos pelo tempo, nem pela história de vocês, nem pelo seu corpo físico. E também é quando podemos, então, realmente começar a trabalhar com o Corpo de Energia Livre. Vejam, os Shaumbra continuam perguntando: “Quando vamos seguir para o Corpo de Energia Livre?” Quando vocês saírem da caixa, porque, do contrário, estarão jogando um jogo consigo mesmos. Vocês estão fingindo, estão negando seu corpo físico. Vocês jogam um jogo lá dentro da caixa e, no final, tudo desmorona. Mas, quando seguirem além daí com o trésort, com a absoluta confiança em si – sem ninguém pra confiar em vocês, nem mesmo eu, mas com a absoluta confiança em si mesmos –, então, vocês verão todos os tesouros.

 

Vamos respirar bem fundo em direção ao trésort.

 

É a confiança em si próprio. Ela não precisa vir da mente. Vocês não têm que inventar esses joguinhos: “Eu confio em mim. Eu confio em mim mesmo.” Simplesmente, é. Vocês simplesmente confiam em si mesmos.

 

Vocês não precisam de muita eloquência. Não precisam de muitos clichezinhos. Não precisam dizer coisas pra se sentirem bem. Não precisam desses cartazes que alguns de vocês ainda têm nas paredes, com palavras de otimismo. Rasguem todos eles.

 

Trésort. Está dentro de vocês. Não está num cartaz na parede nem num adesivo de para-choque.

 

Confiar em si. Ah, vocês sabem como é isso. Vocês sentem uma espécie de inspiração, um saber pra fazer alguma coisa, pra ir a algum lugar, o que seja. Depois, vem aquela dúvida, chega o assassino, chega o ladrão e rouba isso de vocês. É quando vocês seguram o cetro e sentem o trésort. Não apenas a palavra, mas... é uma comunicação da energia que fica constantemente sendo irradiada, emanada da sua alma. Trésort.

 

E agora vocês recebem seu passado, recebem seu futuro, recebem sua alma, todos eles chegando no Agora, e eles apoiarão tudo que estiver acontecendo. Só tem um único defeitinho na caixa, e é a dúvida. Mas vocês ficam tão entregues a esse defeito, um defeito tão pequeno... É quando vocês devem empunhar o cetro – trésort.

 

Sintam isso um instante aqui. Sintam.

 

[Pausa]

 

 

6 – Solidão

 

E nosso próximo item da lista, nosso próximo capítulo, é algo que precisa ser resolvido.

 

Então, vocês estão passando por todas essas coisas, e eu sei que é estimulante e difícil ao mesmo tempo, mas tem uma coisa mais que está presente agora, e que alguns de vocês têm realmente vivenciado ultimamente. É uma coisa difícil. É a solidão. A solidão. Ela faz parte do processo de sair da caixa. Faz parte do ir além. E vocês achavam que conheceram a solidão lá atrás, e, de repente, ela é sentida de um jeito totalmente novo. É um chamado. É quase uma força gravitacional da consciência de massa, de alguns de seus aspectos do passado.

 

A solidão vem quando vocês liberam a família, os ancestrais. A solidão vem quando vocês se liberam da consciência de massa. E alguns de vocês disseram – e, certamente, tenho que concordar com vocês de muitas maneiras –, disseram: “Eu quero ficar só.” Há uma grande diferença entre ficar só e sentir uma imensa solidão.

 

No centro do que está acontecendo, está o eu humano com o qual vocês se identificavam, o eu humano que era a única coisa que vocês realmente conheciam de vocês. Até ele está se transformando. Parece que ele está indo embora também – na verdade, não está; está simplesmente evoluindo. E, de repente, bate aquela solidão. Vocês não têm família nem amigos, não se sentem parte da consciência de massa e, de repente, até seu próprio eu humano parece estar indo embora, então, surge uma solidão esmagadora.

 

É simplesmente parte de todo o processe que está ocorrendo. Não se chateiem com isso. Vai passar. É uma transição de onde vocês estavam, de quem vocês eram, para o que vocês se tornam agora, essa sensação de que vocês estão completamente sozinhos.

 

E, junto, vem essa vontade de ter um algo mais que parece que está faltando. Esse anseio. Talvez vocês devessem tentar voltar para a família e os amigos, voltar para um ex. Oh, vocês estão dizendo não com a cabeça pra isso. Voltar para o que quer que seja, para o conforto dos meios sociais, do ambiente familiar.

 

Vejam, não é que vocês tenham partido – a maioria de vocês – com raiva ou rancor. Vocês simplesmente sabiam que era hora de partir. Vocês sabiam que tinham que quebrar um monte de velhos padrões e correntes. Não só por vocês, mas por eles. Vocês não partiram porque odiavam eles. Vocês tinham um saber de que precisavam ir, por uma questão pessoal. Vocês tinham que se afastar do rebanho a fim de encontrarem o que realmente estavam tentando encontrar.

 

Vocês tinham que se afastar de todos os demais porque havia ruído demais e confusão e julgamento e caixa demais. E vocês se afastaram. Mas vocês não sabiam disso na época. Mas a beleza do que vocês estavam fazendo e do que vocês estão fazendo neste momento é que vocês estão se libertando de si mesmos, e, no final, estão se libertando deles também. Eles realmente não entendem nem sabem disso neste momento, mas, no final, vocês estão quebrando as correntes, alguns elos aqui, alguns elos ali, mas, em breve, será como o efeito dominó: todos os elos da corrente começarão a se partir, primeiro os dos seus antepassados, depois os da sua própria linhagem de vidas passadas e, por fim, os da consciência de massa. E aqueles que estiverem prontos pra se libertar, simplesmente se soltem dos grilhões.

 

Mas voltando ao ponto. Solidão. Sim, alguns dias podem parecer muito, muito solitários, e, quando vocês seguem além da caixa, vocês acham que vocês são os únicos que estão lá. Vocês descobrirão que isso não é verdade, mas, inicialmente, vocês acham que são os únicos do lado de fora, e acham que talvez estejam pedidos numa realidade abandonada onde só estão vocês. Mas mesmo o “você” que vocês conheciam, o você humano, não está lá. E, em determinado ponto, vocês pensam que trará contentamento e satisfação, estarem em seu próprio espaço, estarem na própria soberania. Vocês pensam que isso seria razão para celebrar, mas, de repente, bate uma solidão profunda. Isso também passará. É só parte de todo o processo de, verdadeiramente, entrar em sua soberania.

 

Depois, vocês perceberão que nunca, jamais estiveram sozinhos. Vocês perceberão a beleza de todos os aspectos que, agora, são facetas, de todas as vidas passadas, de todos os potenciais futuros e de todos os outros seres com alma, mas com um nível inteiramente novo.

 

Vamos respirar fundo com tudo isso.

 

Quando essa solidão chegar, eu peço que entrem nela. Para vivenciá-la, não para combatê-la. Não é pra tentar encontrar uma forma de sair dela; é pra mergulhar na solidão, porque existem tesouros lá dentro.

 

Vamos respirar bem fundo e juntar tudo num merabh.

 

LINDA: [sussurrando] Não eram sete?

 

ADAMUS: Com o merabh.

 

LINDA: Ohh!

 

ADAMUS: O sete é o merabh.

 

LINDA: Yay!

 

ADAMUS: O quê? Ele não pode ser um capítulo?

 

 

7 – Merabh do Encontro em Sonho

 

Vamos colocar a música e respirar bem fundo.

 

Cobrimos muita coisa hoje.

 

[A música começa.]

 

Mas nem pareceu muito longo, não é? Tratamos de muitas coisas em nossas conversas, mas talvez pareça que foram só alguns minutos. Oh, tem gente dizendo que parecem dias.

 

Tanta coisa acontecendo no momento... O ritmo é muito, muito acelerado. Inacreditavelmente acelerado. Uma loucura, às vezes.

 

Estamos tendo mais conversas, encontros, no que chamam de estados de sonhos do que nunca.

 

Às vezes, leva meses até vocês aparecerem num dos encontros do estado de sonho. Simplesmente, acontecem num nível diferente, meio que numa dimensão diferente, num cenário de realidade. Passam meses, às vezes, sem que vocês apareçam, mas tem estado bem lotado ultimamente.

 

Está acontecendo tão rápido...

 

Tivemos uma grande reunião, outra noite. Estavam presentes cerca de 8.000 Shaumbra nessa reunião. Agora, não ocupam espaço, então, vocês não têm que se preocupar. E estamos numa dimensão livre de Covid, então, não se exigem máscaras no rosto.

 

Nós todos nos reunimos só por nos reunir. Não havia uma longa lista de palestrantes. Foi só para passarmos um tempo juntos, pra percebermos que não estamos sozinhos nisso, um tempo de confraternização, pra perceber ou recordar por que vocês estão aqui.

 

Oh, nessas reuniões, não fazemos palestras longas. Eu falo de vez em quando. Kuthumi estava lá. Ele contou algumas piadas. Ele meio que abre o show pra mim. Ele não gosta quando eu digo isso.

 

Falamos sobre muitas coisas que eu disse aqui hoje, porque foi lá que as mencionamos: “É sobre isso que precisamos falar. São os sete capítulos, os setes pontos que o humano precisa ouvir. São as coisas que precisamos trazer através das energias.”

 

Então, vocês destilaram tudo isso. Eu destilei ainda mais, reduzindo de cerca de 50 pontos estranhos para sete. Mas, quando vocês sentirem o que realmente está sendo transmitido, saberão que há milhares e milhares de níveis. Sete pontos enunciados. Mas milhares de níveis de energia.

 

O ápice desse encontro, com tantos Shaumbra, o ápice foi que este é O Caminho. Muitos caíram fora ao longo dos anos. O consenso de grupo foi de que tem sido uma jornada difícil de muitas e muitas maneiras, mas ela é exatamente a razão pela qual viemos pra cá.

 

Foi meio que um Ponto de Separação, esse encontro, para seguirmos para a próxima fase do que estamos fazendo ou simplesmente tirarmos um pouco o pé do acelerador, meio que para deixar tudo ser assimilado, as coisas serem absorvidas. Os Shouds talvez sejam como reiterações do que já foi dito. Nada é realmente novo. São apenas mais oportunidades para deixar a coisa ser assimilada ou vivenciada.

 

Com mais de 8.000 Shaumbra lá, nessa reunião no estado de sonho, apenas seis, na verdade, não queriam prosseguir mais rapidamente, e é provável que esses não fossem nenhum de vocês que estão assistindo a isto aqui, hoje. Todos os demais disseram: “Sim, esse é O Caminho. É pra isso que viemos pra cá.” E, embora seja muito difícil, às vezes, carregar tudo isso dentro de vocês, passar por todas essas mudanças tão rapidamente, é também a paixão de vocês.

 

Então, vocês disseram: “Adamus, fale pra nós sobre o que conversamos aqui, hoje, neste encontro no estado de sonho. Sintetize a coisa toda. E, enquanto estamos sintetizando tudo, e Cauldre está canalizando, nós vamos deixar fluir nossas energias direto do estado de sonho para este dia aqui, no Shoud de junho de 2021. Nós vamos deixar fluir nossas energias de lá até aqui. Você diz as palavras, Adamus. Nós trazemos as energias desses 8.000. Esse é O Caminho. É pra isso que viemos pra cá. Nós não vamos nos segurar agora. Não vamos tirar o pé do acelerador.”

 

Foi isso que fizemos aqui, hoje.

 

As energias deste Shoud permanecerão vivas por um longo, longo tempo ainda por vir. Não acabam aqui. As energias vão se desenvolver, se abrir, como acontece em cada novo Shoud, em cada coisa que fazemos juntos.

 

Vocês quase conseguem sentir toda essa biblioteca que montamos juntos ao longo dos anos, mesmo quando vocês estavam com Tobias, todo o conteúdo, e está tudo lá, neste momento, vivo, vibrante e evoluindo. Tudo nessa biblioteca. É como se fosse uma incubadora, onde tudo continua crescendo e crescendo.

 

Então, vocês disseram, na nossa reunião no estado de sonho, com a força de 8.000 de vocês: “Não, nós não vamos parar. Esse é O Caminho.” E pude sentir um certo nível de ansiedade, de receio, de dúvida. Eu pude sentir, e sei que vocês sentiram isso aqui, nos últimos poucos dias.

 

Foi quando eu disse: “Vejam, não importa o que aconteça, eu sei que será bem melhor do que vocês poderiam sequer imaginar. O que quer que a gente encontre, o que quer que a gente vivencie, vamos lembrar, simplesmente, de que tudo está bem em toda a criação.”

 

Com isso, Eu Sou Adamus, vindo do nosso encontro no estado de sonho algumas noites atrás.

 

Obrigado.

 

 

LINDA: Continuem sentindo... Simplesmente, sintam... Respirem com a magnificência desta mensagem. Ela é para cada um de nós. Respirem bem fundo realmente se permitindo assimilar esses incríveis pontos que são para todos nós. Respirem bem fundo. Respirem bem fundo. E realmente tirem um tempo pra vocês pra realmente fazerem a integração desta mensagem incrível. Eu repito, há tanta coisa aqui para cada um de nós... Respirem bem fundo enquanto encerramos este Shoud 9. E nós retornaremos. Obrigada. Obrigada a todos.

 

Tradução de Inês Fernandes –  inesfernandes1305@gmail.com

 

Arte do gráfico da Linda: Luiz Antônio Viotto